Começou a guerra!

Após quatro anos desde a sua última participação, o Corinthians está de volta a Libertadores.
No papel, é um tempo relativamente longo e de difícil espera para o torcedor.
Mas não é NADA quando comparado a expectativa que se criou após o clube conquistar a sua terceira Copa do Brasil, no ano passado.

Sob as promessas de um lindo centenário neste 2010, e sobretudo, com a conquista do torneio sul-americano.

Muita gente já sabe: Corinthians e Libertadores sempre formam uma combinação tensa e de lances inacreditáveis. E na estréia de ontem contra o Racing (URU) não demorou menos de um minuto para se perceber isto, quando o atacante Cauteruccio abriu o placar para os visitantes.
Um roteiro idêntico ao jogo contra o CRB em 2008, quando o alvinegro começou a sua luta na Série B. Era o começo mais inesperado da vida corinthiana nesse torneio. Mas que teria um final feliz mais tarde.

Após sofrer o gol, o Corinthians tornou-se um time muito nervoso e afobado em campo, até mesmo por parte dos jogadores mais experientes, como o lateral Roberto Carlos. E os uruguaios armaram uma tremenda retranca, algo que é bem típico das equpes sulamericanas quando vão jogar no Brasil.

Só um lance de gênio quebraria o ferrolho dos visitantes. E ele veio aos dez minutos, quando Ronaldo achou Tcheco na meia-lua. Entre três marcadores, o meia deu um passe de letra para o volante Elias, que só tocou na saída do goleiro: 1 a 1
Precisando passar genialidade, o Fenômeno ainda criou mais duas chances ao longo do primeiro tempo, mas com sua qualidade individual. Era o jeito...

Voltando do intervalo, Mano colocou Souza no lugar do meia Defederico, apagado. O time passou a jogar com dois centroavantes, sendo que Ronaldo - que é mais habilidoso - voltava pra ajudar na armação de jogadas.
Deste modo a pressão corinthiana aumentou e, com a expulsão de Flores, tornou-se ainda pior.

Quis o destino que o tão desajeitado e criticado Souza fizesse uma bela jogada de pivô, e achasse novamente Elias na área, que fez o segundo, virando o jogo. Acabou-se a tensão!
E assim, o Corinthians trabalhou a bola de forma mais calma e criou mais algumas chances de ampliar o placar. 
Sem êxito, a não ser pelos três pontos obtidos.

No meio destes ingredientes, o alvinegro começa a saciar sua fome. Bem aos poucos, é claro, visto que a caminhada para a final - no dia 18 de Agosto, provavelmente - é muito longa.
E este primeiro jogo já dá as dicas de como será disputada a Libertadores.

Por isso armem seu espírito, corinthianos! Contra tudo e contra todos, neste centenário.
Mais do que nunca, é guerra.

VAI CORINTHIANS!

Reinaldo Vieira
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O brilho de um padroeiro renomeado: 'São' Jorge Henrique!

Ele não é habilidoso como Ronaldo, mas teve uma tarde fenomenal neste domingo. 
Também não é muito alto para a sua posição (1,69m), mas foi um gigante em campo.

A cada dia que passa, Jorge Henrique vai se tornando mais e mais ídolo do atual Corinthians, e não seria exagero dizer que este baixinho é mais indispensável ao time do que Ronaldo.
Com um gol solitário do atacante logo no comecinho de jogo, o Corinthians venceu o Palmeiras. O resultado no clássico deixa o alvinegro na liderança do Paulistão, e encerra um longo tabu que durava desde o final de 2006; desde então eram cinco vitórias alviverdes e dois empates.

Confirmando todos os desfalques citados na véspera, o clássico realmente perdeu o seu brilho costumeiro, mas ganhou em requintes de emoção.
Logo aos 6 minutos quando Tcheco cobrou falta na lateral direita da área, para o cabeceio certeiro de Jorge Henrique, dando a impressão de que seria um jogo fácil para os alvinegros.
Mas quatro minutos depois as expectativas foram por água abaixo, com a expulsão do lateral Roberto Carlos, logo em seu primeiro clássico com a camisa do Corinthians...

E adivinhe quem voltou para recompor o setor? Ele mesmo, Jorge Henrique!
Pelo sua disposição e vigor físico, frequentemente pode se ver o baixinho correndo por todos os lados do campo, sem nenhuma frescura.

A partir daí o Palmeiras se lançou ao ataque e teve muito mais posse de bola durante o restante do jogo, porém quase não chutou a gol. E quando fez isso, lá estava um novo santo: o goleiro Felipe, que também buscava a sua primeira vitória no clássico, junto com a sua redenção (após ter falhado em clássicos anteriores contra o alviverde).
Salvou em pelo menos quatro chances, e fez um milagre num chutaço do zagueiro Danilo, após confusão na área.

O técnico Muricy cansou de insistir com bolas cruzadas na área, e Cleiton Xavier cansou de reclamar da apatia do juiz em alguns momentos. Tanto que foi expulso no finzinho do jogo.
Por essas e outras é inegável que o Palmeiras martelou o tempo inteiro. Mas começou a ter seu caixão pregado por conta da deficiência técnica da maioria de seus jogadores, e decorreu o processo pela raça de Jorge Henrique, sendo finalizado pelas mãos de Felipe.

Pensando em Libertadores, é bom os corinthianos se inspirarem neste jogo. E principalmente na raça do baixinho, o mais novo padroeiro.

É o São Jorge Henrique guerreiro, e ele jogará por ti!


Reinaldo Vieira
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